Amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega.
1 comentário:
Anónimo
disse...
Uma carta a “meu” Pai.
“Por onde anda o Senhor meu Pai, como se sente, como tem acontecido sua vida nos últimos tempos de nossas vidas de filha e Pai cada dia estranha e inexplicavelmente mais separados?!
E o Senhor sabe meu Pai como desde cedo convivo mal com o abandono, como todos nós levamos uma vida para nos encontramos na ausência injustificada aliás, acontecimento esse que seus filhos ainda hoje dariam tudo para reverter, possível assim fosse.
Será que esta distância é afastamento, ou a separação se transfigura e transveste de razões que nem a razão explica devidamente?
O somatório de múltiplos “abandonos” é chaga que dura a fechar, que arde ao sentir, e que angustia de desânimo e desalento.
Porquê, e porquê assim, desta forma, qual o justificativo?
Nosso Ricardo está em paz, e nós, seus e dele, cá estamos, ansiosos sempre por um Oi sentido e espontâneo, pois o Oceano sempre existiu, até noutros tempos em que as comunicações eram verdadeiramente difíceis e complexas…mas Ricardo, o nosso Ricardo sempre soube que as ligações não se quebrariam, que as promessas se cumpririam, pois ele saiu momentaneamente espalhando exemplos de suma dignidade, intrínseca familiaridade, e humilde devoção aos seus. Por isso hoje continuamos a nos sentir como dantes os quatro completamente sintonizados, colados e cada dia mais coesos.
Seus netos estão bem meu Pai. Fizeram este mês um inter-rail com dois dos primos, a Flávia e o Filipe, os filhos do Ronaldo e da Ângela.
Curiosa esta maneira inconsciente deles, meus queridos filhos, quererem manter esta chama da ligação familiar, sabe Deus a custo de se recriarem a todo o momento, e são ainda só e apenas jovens, dois especiais jovens seus netos meu Pai.
Por aqui o tempo está quente – é altura de muito calor, e meu trabalho Pai vai-me ocupando e preenchendo algum do tempo outrora repleto de pensamentos, sensações, emoções e sofrimento não queixado. Sem lamúrias, mas viva e sensível.
Sempre virá a Portugal visitar-nos Pai? Como seria bom meus filhos, seus netos, poderem rever o avô, conversarem sobre suas vidas, seus anseios, seus sonhos, seus desejos, e sentir o sangue, não ter que “aceitar” o quase silêncio como uma coisa normal, pois todos sabemos que não o é.
O Rafael cresceu muito na sua experiência na Escola Naval, e foi um bravo rapaz, fez tudo o que havia para fazer e bem. Até na saída esteve bem, maduro, decidido, e eu tenho muita fé em Deus que dentro de um mês, vai abarcar sua nova experiência na Escola Superior de Turismo com aquele optimismo que eu sempre lhes venho transmitindo, tranquilamente.
O nosso Gui, quase formado, vai fazer um estágio ainda este mês nos EUA numa obra da Odebrecht, pois o Paulo Rocha tem sido impecável com a promessa que fez ao Ricardo de ajudar os seus filhos naquilo que pudesse. E seu neto meu Pai, para além de todo o seu mérito - como o Pai sabe que sempre foi um excelente aluno-, vai poder começar cedo sua vida, seguir seus desejos,quiçá seguir as peugadas do Pai, consciente ou inconscientemente.
Bom, por hoje fico por aqui, fazendo votos para que numa próxima ligação nos possamos ouvir pessoalmente, e falar como filha e Pai, e nos sentirmos como tal. Beijos...
1 comentário:
Uma carta a “meu” Pai.
“Por onde anda o Senhor meu Pai, como se sente, como tem acontecido sua vida nos últimos tempos de nossas vidas de filha e Pai cada dia estranha e inexplicavelmente mais separados?!
E o Senhor sabe meu Pai como desde cedo convivo mal com o abandono, como todos nós levamos uma vida para nos encontramos na ausência injustificada aliás, acontecimento esse que seus filhos ainda hoje dariam tudo para reverter, possível assim fosse.
Será que esta distância é afastamento, ou a separação se transfigura e transveste de razões que nem a razão explica devidamente?
O somatório de múltiplos “abandonos” é chaga que dura a fechar, que arde ao sentir, e que angustia de desânimo e desalento.
Porquê, e porquê assim, desta forma, qual o justificativo?
Nosso Ricardo está em paz, e nós, seus e dele, cá estamos, ansiosos sempre por um Oi sentido e espontâneo, pois o Oceano sempre existiu, até noutros tempos em que as comunicações eram verdadeiramente difíceis e complexas…mas Ricardo, o nosso Ricardo sempre soube que as ligações não se quebrariam, que as promessas se cumpririam, pois ele saiu momentaneamente espalhando exemplos de suma dignidade, intrínseca familiaridade, e humilde devoção aos seus.
Por isso hoje continuamos a nos sentir como dantes os quatro completamente sintonizados, colados e cada dia mais coesos.
Seus netos estão bem meu Pai. Fizeram este mês um inter-rail com dois dos primos, a Flávia e o Filipe, os filhos do Ronaldo e da Ângela.
Curiosa esta maneira inconsciente deles, meus queridos filhos, quererem manter esta chama da ligação familiar, sabe Deus a custo de se recriarem a todo o momento, e são ainda só e apenas jovens, dois especiais jovens seus netos meu Pai.
Por aqui o tempo está quente – é altura de muito calor, e meu trabalho Pai vai-me ocupando e preenchendo algum do tempo outrora repleto de pensamentos, sensações, emoções e sofrimento não queixado. Sem lamúrias, mas viva e sensível.
Sempre virá a Portugal visitar-nos Pai? Como seria bom meus filhos, seus netos, poderem rever o avô, conversarem sobre suas vidas, seus anseios, seus sonhos, seus desejos, e sentir o sangue, não ter que “aceitar” o quase silêncio como uma coisa normal, pois todos sabemos que não o é.
O Rafael cresceu muito na sua experiência na Escola Naval, e foi um bravo rapaz, fez tudo o que havia para fazer e bem. Até na saída esteve bem, maduro, decidido, e eu tenho muita fé em Deus que dentro de um mês, vai abarcar sua nova experiência na Escola Superior de Turismo com aquele optimismo que eu sempre lhes venho transmitindo, tranquilamente.
O nosso Gui, quase formado, vai fazer um estágio ainda este mês nos EUA numa obra da Odebrecht, pois o Paulo Rocha tem sido impecável com a promessa que fez ao Ricardo de ajudar os seus filhos naquilo que pudesse. E seu neto meu Pai, para além de todo o seu mérito - como o Pai sabe que sempre foi um excelente aluno-, vai poder começar cedo sua vida, seguir seus desejos,quiçá seguir as peugadas do Pai, consciente ou inconscientemente.
Bom, por hoje fico por aqui, fazendo votos para que numa próxima ligação nos possamos ouvir pessoalmente, e falar como filha e Pai, e nos sentirmos como tal.
Beijos...
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