Fui e sou a mais feliz das criaturas por ser mãe, simplesmente, porque quis muito os meus filhos. Dediquei-me sempre, e minha maior recompensa era, quando ia aconchegá-los na cama, beijá-los e sentir-lhes o cheiro...e pensar...poxa...estavam aqui dentro, não tem muito tempo.
Completaram e deram sentido à minha vida, preencheram-me de um amor único, esse, o "tal" Amor de Mãe, que dá sentido à vida de qualquer mulher.
Só tem um detalhe...os filhos crescem, como eu cresci, e acho que são como flechas...tem que ser lançados ao mundo...como também o fui...mas como é difícil ser o arqueiro nesta hora.
O que mais desejo é que a trajetória deles, dos meus filhos, não sendo perfeita, porque a vida em si é cheia de curvas, desvios e obstáculos, possa chegar a bom destino, pleno e iluminado.
Estarei por aqui, sempre.
sábado, 26 de janeiro de 2008
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1 comentário:
É carnaval...tempo de folia, entrega, paixões e exultações várias.
Lá fora, no frio,vê-se o sol, tímido, iluminando a Tarde que teima em não aquecer este dia que se apresenta como um feriado livre,tranquilo, e propício ao descanso. Incoerência? Não penso que se seja, pois cada um faz o Carnaval à sua maneira e, eu, resolvi aproveitá-lo fazendo pequenas coisas,sem stress,sem condicionantes, com prazer.
Vim aqui neste espaço,e como o desejo se sobrepôs á inspiração, me "peteceu" comentar este texto.
Fala de algo que me diz muito, e que é : SER FILHO.
Como escrevi, li o texto, apreendia na sua pessoalidade,o que de conteúdo principal ele se constitui.
Jamais até ao dia de hoje tive a suprema felicidade de ter FILHOS, no caso, ser PAI.
Mesmo sabendo que Graças a Deus estou apto a fazê-lo, digo-o hoje sem dramatismo, não tive, nem sei em bom rigor se essa possibilidade teórica algum dia se consubstanciará em esse tipo de devir e experiência únicos.
Por essa razão, e outra inerente á circunstância de ser do sexo masculino, nunca tive a oportunidade de me sentir Mãe,logo, tão pouco de ser Mãe de filhos, como reza a história deste texto.
Sou isso sim, Graças a Deus, filho de uma Mãe ( a minha e de meus dois irmãos) que ao longo desta vida, na sua imensa e irrepetível capacidade humana, nos tem permitido e propiciado uma experiência de vivência e ensinamentos únicos e muito muito diferenciados.
Contudo, como sou reconhecidamente um personagem de práticas e essência paternalista, consigo seguir,apreendendo nos verdadeiros sentidos a sua imagética discrição do que tem sido ser Mãe, e que Mâe (ao que me tem sido dado ver, e perceber)!
É-me particularmente fácil perceber a passagem em que se refere a dedicação, pois senti-o, e ainda continuo a senti-lo da parte da Minha Mãe e..., igualmente do meu Pai.
Acho que já sei o suficiente da vida para que, embora sendo homem, consiga extravassar em experiência não vivida, e perceber como a relacção de uma Mãe para um filho ( e vice-versa) é de um tipo de ligação muito particular, muito especial, muito dos sentidos.
Sinto por isso muito esse sentir único nas suas palavras, o tal AMOR de MÃE, recompensa única,que - pequena divergência, se me permite - deu sentido, e continuar a completar a sua vida presente em termos de verdadeiro sentido, a RAZÃO acima de tudo o resto. E, opino eu, talvez a segunda recompensa seja sentir que essa dedicação tem sido replicada em atenções deles para você, pois nas suas (deles) inteligências, fácil e epidermicamente apreenderam quão importante foi e é terem-na como Mãe ( e tudo o resto).
Pela falta de experiência que atrás me referi, não saberia eu perceber quando devemos "lançar" nossos filhos nesse referido jogo de arqueiros, pois talvez - como filho - entenda que os Pais não são os únicos responsáveis em tal momento, por tal decisão. Deverão, quanto a mim, ser apenas e só os "facilitadores", os "respaldos" permanentes, os clarificadores do que é necessidade, e do que é apenas e só previsibilidade.
Claro que o caminho de todos os nós, como se espera, será sempre em diante, p'ra frente...
De trajectórias pouco sabemos, e muito pouco podemos saber,pelo que no presente o que é majestaticamente definitivo e determinante é estar tranquilo, saber agradecer o passado e ter a suprema capacidade e nobreza de o compreender mesmo sem o aceitar, ou aceitá-lo sem jamais o entender, e fundamentar em desejos e sonhos "possíveis" justificadas demandas que fortaleçam espiritos balançados e outrora testados ao limite.
O papel "desta" Mãe,assumo-o, é complexo, pela sua diversidade na forma e no conteúdo.
É por isso, redobradamente, com significativa admiração que o devemos olhar e - muito importante - acompanhar, corroborando.
No presente, requere-se presença,contacto directo, abertura e, não, ao invés, apenas estadias vigilantes e insuficientemente acaloradas.
Na imensa fragilidade de processos dispares de reestruturação pessoal, que haja lugar a uma verdadeira partilha,feita de abraços, beijos, preocupações,mas, igualmente,presença.
Sabem todos amargamente o que é viver uma ausência inigualável.
Melhor ainda deverão saber como todos os dias é feito o esforço de "ultrapassá-lo".
A ausência quando em moldes traumáticos como os que viveram, gera inexoravelmente a sensação, ou melhor, o sentimento subconsciente de abandono, implicito que está à situação vivida.
Esta Mãe diz-nos o que todos os seres humanos esperam um dia ouvir, e que é uma afirmação recorrente de uma enorme e única predisposição.
"Estarei por aqui, sempre" é uma frase, é u breve conjunto de palavras com um sentido que vós, filhos desta Mãe,deverão valorizar até á exaustão das Vossas forças, pois se dela se lembrarem todos os dias, por um minuto que seja, estou certo que durante o vosso crescimento como pessoas e como homens, irão sentir este acalentador e único calor acompanhando-os em todos os vossos pensamentos, ajudando-vos em todas as vossas decisões, iluminando-vos em todos os vossos passos, quando flechas se tornarem, pois ninguém é de ninguém, e todos somos dos nossos progenitores,os nossos verdadeiros alicerces, no passado, no presente, e para todo o sempre,assim como vós, como no vosso caso, a sorte vos tenha sorrido com os Pais que não escolheram, mas Deus vos destinou.
Ninguém escreve sem algum sentido especifico.
Ninguém escreve por escrever, sem o desejo que seja inconsciente para alguma mensagem fazer passar.
A escrita pode ser um poderoso condutor que por simpatia faz chegar á nossa disponibilidade de entendimento fortes inputs de uma comunicabilidade,quiçá, momentaneamente necessária.
Ninguém é irreprensivelmente correcto, tão pouco algum dia nós conseguiremos saber o suficiente para entender o bastante.
Está frio,mas até eu sinto o calor destas palavras lidas,porque reflectir pode ser muitas vezes uma forma de comunicação indirecta,que nunca sabemos atinge o seu objecto, nomeadamente, em tempo útil.
Tenho 43 anos, alguma vida para trás. Sou apenas e só mais um exemplo de uma vida passageira.
Afirmo-mos, com a verdade das minhas palavras, são poucos os minutos dos dias que vão passando no meu presente, em que não penso activamente em meus Pais. O bem estar deles, é o meu bem estar, é a minha profunda satisfação, que se sobrepõe a tudo o que de melhor se poderia imaginar,pois por mais longe que essa minha imaginação fosse, jamais alcançaria tal profundo prazer que é saber e sentir os meus Pais bem. Eu venho apenas a seguir, sem dúvida.
No entanto, por que nada é ao acaso, se hoje sou e penso assim, não duvidem, é inevitavelmente porque tive a SORTE nos progenitores que de forma tão insubstituível têm polvilhado a minha vida de tanto e tanto...
E, esta Mãe, é á semelhança do meu caso, um SER HUMANO de excepção,razão p'la qual me apraz hoje assinalar o facto deixando estas palavras sublinhadas, e desejando que o presente continue a ser a verdadeira plataforma existencial que, inevitavelmente, se assim for vivenciada dará bons frutos nos vossos futuros.
VIVA O PRESENTE.
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