O sofrimento é o resultado de uma conspiração interior orquestrada por pensamentos, imagens e sensações que disputam entre si a primazia da sua própria realidade na consciência de cada um.
A noite passada dormi até tarde com a (in)Sónia. Se não me baralhei na marcação do tempo, e quando olhei vi o que observei, confirmo que passava largamente das três, os outros números confesso não consegui ver, pois pareceram-me muito "petititchinhos". Era por isso já noite dentro quando "ela" me saiu da cama, e ainda assim me vi na necessidade de socorrer do meu Creative, e selecionar algumas músicas, pois áquela hora já não há pessoas a falar, só som mesmo, uns mais musicais do que outros. Escolhi fados e guitarradas de Coimbra, pois tenho alguns discos gravados no dito aparelhinho, e continuei o meu esforço de abstração da "coisa" real, para conseguir puxar o sono. Deitei-me de barriga para baixo, uma perna meio flectida, e ambas as mãos por debaixo da almofada. A "coisa" parecia-me bem confortavel dessa forma, e pensei, não tarda muito...Qual o quê, nada, e resolvi mudar de posição, mudei de lado a cabeça, e a perspectiva agora eram os oríficios da persiana semi-cerrada. E perguntei-me, porque esta espertina, e racionalizando de forma retrospectiva recordei-me que na noite anterior já havia conseguido adormecer apenas muito tarde. Eu tinha que encontrar uma razão, pois o padrão repetia-se num intervalo temporal muito fechado,ou seja, dois dias seguidos. Mais tarde, curiosamente quando julguei ter chegado a uma explicação - efectivamente havia feito algo não habitual, e que foi tomar já tarde um cappuccino descafeínado - começo a sentir algum incómodo, a perder alguma paz comaqueles phones nos ouvidos, e compenetrei-me que seria naquele momento, tinha que ser, pois inclusive tinha que acordar cedo, e precisava de PAZ. Do resto, já se sabe, pouco me lembro, mas não correu propriamente mal, até que já dia dentro, embora ainda bem cedo, sou acordado brusca e desagradavelmente com o arfar, o zurrar animalesco dos vizinhos, julgo, durante uma matinal copola. Como é desagradavel ouvir aqueles dois seres naquela comunhão de indiscretos e irritantes, e incomodativos barulhos. Porque é que tenho que aturar o som ululante destes primatas num sio tardio? Porque não fazem como é moda, ou seja, amordacem-se um ao outro, pelo menos não incomodam os vizinhos, não invadem o mundo e espaço de terceiros que não pediram para serem convidados para o festim. Ainda para mais, o grito, o urro é sempre igual, repetido, tipo automatismo.Estou a ficar farto. Isto porque adoro ter Paz, adoro buscá-la em minha casa, o meu reduto, o meu habitat de homo sapiens,espero, de uma espécie em evolução. E os sons dão lugar a pensamentos, a que se sucedem imagens, óbvio, e a tal desagradável sensação que desperta em mim alguma acidez mental. será que é minha opção ter que "sofrer" assim com esta vivência? Não seria normal e espectável que os dias seres civilizados, conscientemente, se apercebessem e consciencializassem de como me roubam a minha tão desejada PAZ quando em práticas quase circenses extravassam do seu espaço, e se imiscuem na liberdade individual de outro animal, eu no caso, o vizinho de cima. Ou será que estes gritos de vitória?! acontecem em virtude da necessidade inconsciente de afirmação, sendo que a distância a que se propaga o som, ou melhor o barulho deverá ser proporcional ao grau de dificuldade da escolha da fêmea, e o berro é uma marcação de território. Em suma, eu sei, tudo fica com a consciência de cada um e, eu, que remédio tenho se não "assitir" de quando em vez à trilha sonora de uma espécie de trailler do National Geographic. Como se pode ter PAZ numa selva destas!
Após leitura deste comentário, reparei em enumeras gralhas ortográficas. As minhas desculpas por essas incorrecções muitas vezes consequência de escrever demasiado depressa.
2 comentários:
A noite passada dormi até tarde com a (in)Sónia.
Se não me baralhei na marcação do tempo, e quando olhei vi o que observei, confirmo que passava largamente das três, os outros números confesso não consegui ver, pois pareceram-me muito "petititchinhos".
Era por isso já noite dentro quando "ela" me saiu da cama, e ainda assim me vi na necessidade de socorrer do meu Creative, e selecionar algumas músicas, pois áquela hora já não há pessoas a falar, só som mesmo, uns mais musicais do que outros.
Escolhi fados e guitarradas de Coimbra, pois tenho alguns discos gravados no dito aparelhinho, e continuei o meu esforço de abstração da "coisa" real, para conseguir puxar o sono.
Deitei-me de barriga para baixo, uma perna meio flectida, e ambas as mãos por debaixo da almofada. A "coisa" parecia-me bem confortavel dessa forma, e pensei, não tarda muito...Qual o quê, nada, e resolvi mudar de posição, mudei de lado a cabeça, e a perspectiva agora eram os oríficios da persiana semi-cerrada.
E perguntei-me, porque esta espertina, e racionalizando de forma retrospectiva recordei-me que na noite anterior já havia conseguido adormecer apenas muito tarde. Eu tinha que encontrar uma razão, pois o padrão repetia-se num intervalo temporal muito fechado,ou seja, dois dias seguidos. Mais tarde, curiosamente quando julguei ter chegado a uma explicação - efectivamente havia feito algo não habitual, e que foi tomar já tarde um cappuccino descafeínado - começo a sentir algum incómodo, a perder alguma paz comaqueles phones nos ouvidos, e compenetrei-me que seria naquele momento, tinha que ser, pois inclusive tinha que acordar cedo, e precisava de PAZ.
Do resto, já se sabe, pouco me lembro, mas não correu propriamente mal, até que já dia dentro, embora ainda bem cedo, sou acordado brusca e desagradavelmente com o arfar, o zurrar animalesco dos vizinhos, julgo, durante uma matinal copola. Como é desagradavel ouvir aqueles dois seres naquela comunhão de indiscretos e irritantes, e incomodativos barulhos. Porque é que tenho que aturar o som ululante destes primatas num sio tardio? Porque não fazem como é moda, ou seja, amordacem-se um ao outro, pelo menos não incomodam os vizinhos, não invadem o mundo e espaço de terceiros que não pediram para serem convidados para o festim. Ainda para mais, o grito, o urro é sempre igual, repetido, tipo automatismo.Estou a ficar farto.
Isto porque adoro ter Paz, adoro buscá-la em minha casa, o meu reduto, o meu habitat de homo sapiens,espero, de uma espécie em evolução.
E os sons dão lugar a pensamentos, a que se sucedem imagens, óbvio, e a tal desagradável sensação que desperta em mim alguma acidez mental.
será que é minha opção ter que "sofrer" assim com esta vivência?
Não seria normal e espectável que os dias seres civilizados, conscientemente, se apercebessem e consciencializassem de como me roubam a minha tão desejada PAZ quando em práticas quase circenses extravassam do seu espaço, e se imiscuem na liberdade individual de outro animal, eu no caso, o vizinho de cima.
Ou será que estes gritos de vitória?! acontecem em virtude da necessidade inconsciente de afirmação, sendo que a distância a que se propaga o som, ou melhor o barulho deverá ser proporcional ao grau de dificuldade da escolha da fêmea, e o berro é uma marcação de território.
Em suma, eu sei, tudo fica com a consciência de cada um e, eu, que remédio tenho se não "assitir" de quando em vez à trilha sonora de uma espécie de trailler do National Geographic.
Como se pode ter PAZ numa selva destas!
Após leitura deste comentário, reparei em enumeras gralhas ortográficas. As minhas desculpas por essas incorrecções muitas vezes consequência de escrever demasiado depressa.
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