
"Há uma palavra que nos liberta de toda a dor e peso do mundo, esta palavra é amor."
(Sófocles)
E o pior, pode acontecer num instante...e aí?
É nessa hora, que se faz a opção de honrar, ou não, o compromisso assumido. Melhor dizendo, é nessa hora, que sentimos ou não a vontade de o fazer.
É nessa hora que a construção, que o companheirismo, a amizade, que o projeto que uniu o casal, demonstrará se frutificou ou não.
Nunca será pelas conquistas materiais, ou profissionais.
Nunca será pela aquisição de patrimônio, de status social.
Esta hora "H" será, sim, o somatório das muitas horas, dos muitos dias em que, motivados pela vontade, fomos, pouco a pouco, construindo, remodelando, alimentando...nos fortalecendo, à medida que, pelas cedências e transigências, vencemos a nós mesmos, e fomos recompensados, ou não, pelo retorno, porque, um casal são duas pessoas, assim sendo, um relacionamento, um casamento, um compromisso assumido ( comprometer-se, para mim,num relacionamento significa um alinhamento com o processo de entendimento, amadurecimento, perdão mútuos) de querer estar, partilhar, compartilhar, terá que ser sempre biunívoco, senão, morre na praia...soçobra.
O conteúdo, o que dá consistência a um relacionamento, é um organismo vivo, que continuamente terá que refletir as opções dos envolvidos.
Doação, quando não encarada como auto sacrifício, significa servir ao outro, com a mesma prioridade que damos às nossas necessidades. Acontece naturalmente, quando as engrenagens movimentam-se num ritmo de cumplicidade, de parceria.
É nessa hora que a balança das nossas verdades irá ou não se equilibrar.
Tudo isso virá ao de cima, terá ou não que ser suficiente para poder libertar, conscientemente o outro, para onde terá que ir, ou ficar...
Encontrar e perder são o ritmo da vida, como o dia e a noite, o Inverno e o Verão, a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero.
Este ritmo da vida não pode ser alterado, apenas, o tempo dos acontecimentos, em nossas vidas, é que é variável.
São momentos de demanda máxima, mas que tornam-se em experiências únicas, que, ao seu tempo, nos ensinam a entendermo-nos mais, a sermos mais, e também, a nos sentirmos merecedores de poder vivenciar amar, mais que uma vez no decurso de nossas vidas, pois faz parte do que somos, é da nossa natureza.
O princípio será o mesmo, sempre, o funcionamento é que pode alterar-se. Resta-nos, podermos usufruir deste privilégio, e experimentar, experienciar, verdadeiramente, como é bom, amar, e ser amado.
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